Mesmo com todos os riscos oferecidos, ainda é muito melhor entrar no mar e dar aquele mergulho do que ficar longe dele. Tanto é que já existem evidências crescentes de que o mar não apenas faz você se sentir bem, mas reduz seus níveis de estresse e mantém você saudável. Muitas pessoas têm descoberto que o mar pode sim ser um tratamento maravilhoso para doenças como a fibrose cística e o autismo.
Segundo o cineasta Richard Yelland, que produz documentários para diversos canais de TV sobre os oceanos e tudo o que está inserido no ambiente, a We Are Ocean é uma fundação que leva pacientes com câncer por uma semana ao oceano para aventuras e cura por meio de atividades como stand-up paddle, snorkeling, surf, caiaque, vela e estudo da vida marinha.
A fundação foi criada por Jack Shimko e já conquistou muitas pessoas por conta do seu esforço inovador. O próprio Shimko pode ser descrito como um caso de sucesso, pois o mesmo conseguiu encontrar a saída para um câncer após remar mais de 320 quilômetros mar a dentro. Ao longo do caminho, Jack arrecadou centenas de milhares de dólares para pesquisas sobre o câncer e foi nomeado uma revista Surfer um agente da mudança.
Jack compartilha suas experiências oceânicas com outras pessoas que lutam contra o câncer - aquelas que, diferentemente dele, estavam presas em hospitais aparentemente sem saída.
De acordo com o Dr. Wallace J. Nichols, a ciência mostra dia a dia que a cura oceânica não é apenas algo distante como uma luz no fim do túnel compartilhada por surfistas obcecados. Ao mergulhar na água, automaticamente o nível de estresse já reduz bastante, em outras palavras, mais de 60% das doenças que enfrentamos hoje.
A água faz com que os níveis de cortisol diminuam ao equilibrar o fluxo entre os sistemas nervosos simpático e parassimpático. Um estudo de 2006 descobriu que os banhos termais diminuíram em muito os níveis de cortisol salivar em estudantes universitários. A hidroterapia também foi mostrado para ajudar a reduzir o estresse psicológico e os sintomas físicos de um grupo de 139 pessoas com artrite reumatoide.
Em 1997, 10 pacientes com câncer que sofriam de dor crônica assistiram a um vídeo sobre a natureza que incluiu 15 minutos dos sons das ondas do mar, das cachoeiras e dos riachos. Depois, eles experimentaram alívio, o que equivalia a uma redução de 20 a 30 por cento nos hormônios do estresse epinefrina e cortisol. Quase 20 anos depois, mais de 21 pacientes com câncer já pularam no oceano procurando o mesmo alívio.
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